Crítica3 Oscar® a Brockenback?!

Eu ouvi muito falar no filme O segredo de Brockenback Mountain, muitos elogios ao filme com temática homossexual mais premiado de todos os tempos (8 indicações e 3 estatuetas). Aplaudido pela critica, amado pelo público gay ou não. Depois de ler e ouvi muito sobre o tal filme consegui locar e, finalmente, ver e me decepcionar com o “romance”. Aplaudo de fato, pela audácia, pelos prêmios e pela abertura a galera do arco-íres proporcionado por esse ueba todo.A locação do filme é ótima, fotografia e atuação também, mas o romance, nota zero.Por falta de palavras próprias para descrever tamanha decepção reproduzo a seguir uma carta enviada a revista G Magazine (104) pelo leitor Carlos Alberto:“Li algumas vezes comentários deveras favoráveis ao filme, dando idéia de ‘conto de fadas’ na telona. O filme legitima o preconceito contra o relacionamento e ao amor homossexual. Porque em nenhum momento do filme há uma declaração de amor daquelas que todo casal heterossexual gosta de falar e ouvi: eu te amo. Nos filmes ‘normais’, por mais que o casal brigue e haja sofrimento a frase ‘eu te amo’ é cantada em verso e prosa. Talvez porque não se trata de um filme normal e o ‘eu te amo’ soaria normal demais. Por que dois caras que aparentemente se amam criam situações cada vez mais complicadas para suas vidas? Quem sabe para fugir de si mesmo e da culpa por amar outro homem. Por que a ‘boa’ e velha história do relacionamento homossexual estar especialmente segregado em um reduto de prostituição e violência? Será por que esse é o mundo normal dos homossexuais?! Mas por que quase sempre, quando um homem busca o carinho, a companhia, o sexo em outros homens no momento de carência e tesão, eles são brutalmente assassinados? Será que esses dados são amplamente divulgados para revelarem seu teor de anormalidade?! Não compreendo porque se insiste na mesma fórmula, em mostrar o relacionamento e o amor homossexual rodeados de culpa, medo, farsa, reduto, segredo.”O cara disse tudo. Silêncio.